Luciano Souza |
Me chamarão
subversivo.
E lhes
direi: eu sou.
Por meu povo
em luta, vivo.
Com meu povo
em marcha, vou.
Tenho fé de
guerrilheiro
E amor de
revolução.
E entre
Evangelho e canção
Sofro e digo
o que quero.
Se escandalizo,
primeiro
Queimei o
próprio coração
Ao fogo
desta Paixão,
Cruz de Seu
mesmo Madeiro.
Incito á
subversão
Contra o
poder e o dinheiro.
Quero
subverter a lei
Que perverte
ao Povo em grei
E ao governo
em carniceiro.
(Meu pastor
se fez cordeiro.
Servidor se
fez meu Rei.)
Creio na
Internacional
Das frontes
alevantadas,
Da voz de
igual a igual
E das mãos
enlaçadas...
E chamo a
ordem de mal,
E o
progresso de mentira.
Tenho menos
paz que ira.
Tenho mais
amor que paz.
...Creio na
foice e no feixe
destas espigas
caídas:
uma Morte e
tantas vidas!
Creio nesta
foice que avança
- sob este
sol sem disfarce
e na comum
esperança –
tão
encurvada e tenaz
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