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Lucilene |
Meu silêncio
seja
meu poema,
irmãos,
junto ao
vosso Canto.
Seja minha
ausência
como um vôo
de garças
abraçando a
Tarde,
nesse Vôo de
garças
que invadiu
o Dia
com o vosso
Canto.
Velhos de
Esperança
- tantas
Luas cheias,
tantas
Noites foscas –
eu e o
Araguaia
já nos
conhecemos,
rios de um
só rio
ajeitando o
curso
entre Deus e
o Povo.
Junto ao
vosso Canto,
boca
coletiva,
seja meu
silêncio
posto de
joelhos
uma escuta
nova.
Quero ouvir
o Povo!
Quero ouvir
o grito
das Crianças
mortas
comandando a
Vida.
Quero ouvir
as covas
dos Peões do
trecho
soletrando
vivos
os perdidos
nomes.
Quero ouvir
os Pobres
num clamor
de enxadas
conquistando
a Terra.
Quero ouvir
a dança
das Aldeias
novas
nas antigas
flautas
acordando o
Mundo.
Toda minha
sede,
cuia de
silêncio,
beba em
vosso Canto
o Araguaia
Novo,
luta nas enchentes,
festa no
banzeiro,
Povo, Povo,
Povo!
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