a Liberdade,
humanos !
Esta é a
Terra nossa:
a de todos,
irmãos!
A Terra dos
Homens
que caminham
por ela,
pé descalço
e pobre.
Que nela
nascem, dela,
para crescer
com ela,
como troncos
de Espírito e
de Carne.
Que se
enterram nela
como
semeadura
de Cinzas e
de Espírito,
para fazê-la
fecunda como
uma esposa
mãe.
Que se
entregam a ela,
cada dia,
e a entregam
a Deus
e ao
Universo,
em
pensamento e suor,
em sua
alegria,
e em sua
dor,
como o olhar
e com a
enxada
e com o
verso ....
Prostitutos
cridos
da mãe
comum,
seus
mal-nascidos!
Malditas sejam
as cercas
vossas,
as que vos
cercam
por dentro,
gordos,
sós,
como porcos
cevados:
fechando,
com seu
arame e seus títulos,
fora de
vosso amor,
aos irmãos !
(Fora
de seus direitos,
seus
filhos
e
seus prantos
e
seus mortos,
seus
braços e seu arroz!)
Fechando-os
fora dos
irmãos
e de Deus !
Malditas sejam
todas
as cercas!
Malditas todas as
propriedades
privadas
que nos
privam
de viver e
de amar!
Malditas sejam todas as
leis,
Amanhadas
por umas poucas mãos
Para
ampararem cercas
e bois
e fazer a
Terra, escrava
e escravos
os humanos!
Outra é a
Terra nossa,
Homens,
todos!
A humana
Terra livre irmãos !
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