quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

POBREZA EVANGÉLICA

Dandara Terra



















Não ter nada.
Não levar nada.
Não poder nada.
Não pedir nada.
E, de passagem,
Não matar nada;
Não calar nada.

Somente o Evangelho, como uma faca afiada.
E o pranto e o riso no olhar.
E a mão estendida e apertada.
E a vida, a cavalo, dada.

E este sol e estes rios e esta terra comprada,
Como testemunhas da Revolução já estalada.

E mais nada!

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