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Dandara Terra |
Não ter nada.
Não levar
nada.
Não poder
nada.
Não pedir
nada.
E, de
passagem,
Não matar nada;
Não calar
nada.
Somente o
Evangelho, como uma faca afiada.
E o pranto e
o riso no olhar.
E a mão
estendida e apertada.
E a vida, a
cavalo, dada.
E este sol e
estes rios e esta terra comprada,
Como
testemunhas da Revolução já estalada.
E mais nada!
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